Crítica: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2


Os pôsteres de divulgação de Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 traziam a frase: "Tudo acaba em 15/07". Mas não sei se é bem assim...
Depois de dez anos, a milionária franquia chega ao fim com a estreia do último longa baseado na aclamada série de livros de J. K. Rowling.
Quem poderia imaginar esse estrondoso sucesso? O caso é que a saga é uma daquelas perante as quais não dá para ficar impassível – é o típico caso do "ame ou odeie". E a crescente legião de leitores vorazes migrou para o cinema e fez com que os filmes batessem recordes de bilheteria.
O público é dos mais ecléticos, e vai de crianças que ainda não foram alfabetizadas a pessoas de mais idade que também se identificam com os professores – mentores de Hogwarts. Todos com a mesma paixão e fascínio por um mundo em que varinhas de madeira têm poder, dragões existem e vassouras podem voar.
Assim como a maior parte de seus admiradores, Harry Potter cresceu e neste oitavo filme quase em nada lembra o tímido garotinho órfão, que se descobriu um famoso bruxo em um lugar que nem imaginava existir. Ele agora é um adolescente que tem que lidar com bem mais do que espinhas e namoros relâmpago. Sua vida e de seus amigos nunca correram tanto perigo e é o momento de definir qual força prevalecerá: a do bem ou a do mal.
O filme é repleto de momentos intensos e que sem dificuldade desarmam até mesmo os espectadores mais durões. E justamente um dos personagens mais "insensíveis" é o que tem as cenas mais memoráveis (e passíveis de lágrimas): Professor Severo Snape, vivido por um inspiradíssimo Alan Rickman, que após tantas desventuras, conseguiu conquistar mais uma improvável fã: eu.
O uso do 3D dá ao público a oportunidade única de enfim ter a sensação de percorrer os corredores de Hogwarts (ainda que em plena destruição) e acompanhar de pertinho a derradeira luta quando, de varinha em punho, Harry confronta Valdemort (em mais uma louvável participação de Ralph Fiennes).
São vários destaques positivos: os cenários grandiosos, o ritmo da ação, a visível melhora em algumas interpretações, a competência em se encerrar de maneira inesquecível uma era. Ao término da sessão, as emoções de leitores/espectadores se fundem num misto de satisfação por ter visto o melhor filme da série e tristeza pelo final de uma "amizade" que se fortaleceu a cada lançamento de uma nova aventura do bruxo.
Simplesmente imperdível.

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